domingo, 28 de abril de 2024

Bryan Singer - "Os Suspeitos do Costume" / "The Usual Suspects"


Bryan Singer
"Os Suspeitos do Costume" / "The Usual Suspects"
(EUA – 1995) – (106 min. / Cor)
Gabriel Byrne, Kevin Spacey, Stephen Baldwin, Kevin Pollack,
Benicio Del Toro, Chazz Palminteri, Pete Postlethwaite.

“Os Suspeitos do Costume” / “The Usual Suspects” é uma película que vive do extraordinário argumento de Christopher McQuarrie, que acabaria por receber o Oscar para o Melhor Argumento Original e da portentosa interpretação de Kevin Spacey, também ele galardoado com o Oscar, ao interpretar essa personagem enigmática chamada Roger “Verbal” Kint, um aleijado que é encontrado no cais de San Pedro, após ter ocorrido uma explosão num navio e onde jazem mais de vinte corpos mortos de conhecidos cadastrados, após um tiroteio inimaginável.


Levado para interrogatório, o “pobre” Roger “Verbal” Kint irá contar ao inspector encarregado do caso (Chazz Palminteri) a sua versão dos acontecimentos, ao mesmo tempo que iremos saber através de longos “flashbacks” como ele conheceu na prisão os conhecidos cadastrados.


Ao longo da película um nome irá surgir: Keyzer Soze. Mas à medida que vamos acompanhando os acontecimentos narrados, acabamos por suspeitar que o homem que se esconde por detrás do nome de Kobayashi (Pete Postletwaite) poderá ser o perigoso e temido Keyser Soze, no entanto iremos perceber quase no final como estamos profundamente enganados, nesse momento mágico em que o polícia termina de beber o seu café e repara no fundo da chávena e depois olha para o placard situado por detrás dele, mas é demasiado tarde para o agente e para nós espectadores, surgindo de imediato o desejo de revermos o filme para percebermos o engodo genial em que caiu o detective e nós na sua companhia.


“Os Suspeitos do Costume” / “The Usual Suspects” oferece-nos um dos mais portentosos argumentos da história do cinema, contando com interpretações muito acima da média, prendendo o espectador à cadeira desde o primeiro minuto, ao mesmo tempo que Brian Singer nos oferece um policial soberbo, manipulando com grande saber o material cinematográfico. Estamos assim perante um filme inesquecível, que nos convida a um novo visionamento, tal é o engenho soberbo deste genial argumento: quanto mais o (re)vemos, mais gostamos dele.

Rui Luís Lima

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