sábado, 27 de abril de 2024

Quentin Tarantino - "Pulp Fiction"


Quentin Tarantino
"Pulp Fiction"
(EUA – 1994) – (154 min. / Cor)
John Travolta, Tim Roth, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurma, Ving Rhames.

“Pulp Fiction” proporcionou a John Travolta um segundo fôlego na sua carreira de actor, que até então andava um pouco perdida, ao mesmo tempo que Quentin Tarantino se tornava um cineasta de culto, após as boas indicações dadas com “Cães Danados”.


Partindo de um argumento bastante complexo de Roger Avery e do próprio Quentin Tarantino, que receberiam o Oscar de Hollywood, mergulhamos logo no início num conjunto de memórias que nos enviam para o “film noir”, reciclado de forma visceral e violenta, repleto de alusões cinematográficas e onde o calão e as referências sexuais se revelam de forma aberta, cativando as plateias mais novas que viram na película o seu filme de culto.


Ao longo de “Pulp Fiction”, com uma montagem circular e temporal, repleta de avanços e recuos, iremos descobrir as diversas personagens que vivem nas margens do sistema, embora algumas delas em busca de redenção.

A dupla de gangsters constituída por Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) é memorável, não só pelos seus diálogos mas também pelo seu comportamento ao longo da película, a que não falta o célebre e fortuito acidente, nunca visto até então.


Por outro lado a violência existente na película revela-se subsidiária dos filmes de gangsters de Hong-Kong e da série-B norte-americana (ou melhor de B a Z), que Tarantino tão bem conhece e admira.
“Pulp Fiction” possui no seu interior todas as marcas que tornam o cinema de Quentin Tarantino, cinema de autor.

Rui Luís Lima

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