sexta-feira, 10 de maio de 2024

Gary Fleder - “O Júri” / “Rumaway Jury”


Gary Fleder
“O Júri” / “Rumaway Jury”
(EUA – 2003) – (127 min./Cor)
John Cusack, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Rachel Weisz, Bruce Davidson.


O nome do escritor John Grisham é por demais conhecido do mundo literário, tendo o universo da advocacia como um dos seus territórios de eleição para os seus thrillers, explorando de forma precisa as contradições da profissão, ao mesmo tempo que tem encontrado uma enorme recepção aos seus romances por parte do cinema e basta recordar filmes como “A Firma” / “The Firm”, realizado por Sydney Pollack, “Dossier Pelicano” / “Pelican Brief”, dirigido por Alan J, Pakula ou “O Poder da Justiça” / “The Rainmaker”, levado ao grande écran por Francis Ford Coppola, só para citar alguns dos nossos favoritos, para termos de imediato a certeza das qualidades deste magnifico filme intitulado “O Júri” / “Runaway Jury”, que forma com as três películas citadas um quarteto perfeito.


Ao entrarmos na génese desta película realizada por Gary Fleder, um experiente homem do pequeno écran, vamos entrar nesse território que antecede os julgamentos na América e que se intitula a formação do Júri, que irá julgar um caso em que estão envolvidos milhões de dollars e vidas humanas e se a parte acusada, onde os meios financeiros abundam e que conta com o poderoso Ranken Fitch (Gene Hackman), que não olha a meios para atingir os seus fins, já o outro lado tem em Wendell Rohr (Dustin Hoffman) um advogado que faz da honestidade o seu lema no interior da profissão que escolheu, mas pelo meio deste duelo iremos descobrir Nicholas Easter (John Cusack, numa genial interpretação), que ao ser convocado para pertencer ao Júri deste caso, tudo fará para ser excluído, ao mesmo tempo que iremos conhecer, Marlee (Rachel Weisz), uma mulher enigmática que acompanha o julgamento de forma (in)visível, “incendiando” as diversas audições e sabotando o trabalho do poderoso Ranker Fitch (Gene Hackman).


“O Júri” / “Runaway Jury” de Gary Fleder é uma dessas películas que nos traz à memória o fabuloso “Doze Homens em Fúria” / “12 Angry Men” de Sidney Lumet, que vi com sete anos e do qual nunca mais me esqueci e se aí tínhamos Henry Fonda, desta vez num combate bem diferente, estamos perante uma questão bem premente neste século XXI: será que o poder do dinheiro consegue comprar a verdade?

Rui Luís Lima

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